É fato que devemos escolher como
profissão aquilo que nos encanta, diverte e edifica. Confúcio nos ensinou: “Escolha um trabalho de que goste e não terás
que trabalhar um único dia na sua vida.” Se ainda lhe restava dúvidas quanto a
essa verdade, tome como exemplo a trajetória de Oscar Niemeyer.
Não conheço muita coisa, levaria
tempo para conhecer tamanha grandeza. Sei o básico, o que quase todos conhecem,
mas tenho a impressão que ele chegou neste mundo fazendo curvas e criando arte.
Com setenta e cinco anos vividos da arquitetura, fincou seus traços curvilíneos
em mais de seiscentas obras, não só em solo brasileiro, mas os espalhou pelo
mundo, o que lhe rendeu inúmeros prêmios e reconhecimento.
Aliás, em se tratando de trabalho bem feito,
não há dinheiro no mundo que substitua o reconhecimento. E só se executa um bom
trabalho quando há amor, dedicação e interação. Disso, Niemeyer entendia.
Não é exagero falar em “entrega total” e o
termo não está relacionado aos workaholics.
Entrega total não é atropelar o
lazer, tempo com a família e amigos em troca do trabalho. Entrega total é fazer
deste uma atividade leve e contínua.
Oscar Niemeyer desmistificou o
trabalho. Passou mais da metade da vida sobre uma prancheta. Não fazia desenhos
de arquitetura, criava obras de arte. E se preocupava com quem erguia suas
obras esculpidas em concreto (…Não basta
construir uma cidade moderna, é preciso modernizar a sociedade…). Em sua
última internação e lúcido até a véspera de sua morte, Niemeyer reunia sua
equipe para discutir trabalhos e projetos. Viveu 104 anos porque era movido por
uma paixão…
Bom mesmo deve ser morrer como o Oscar Niemeyer: ele não deixa somente lembranças. Deixa uma história, deixa obras, deixa marcas... E você, o que está fazendo para deixar a marca de sua passagem?
"Meu trabalho não tem importância, nem a arquitetura tem importância pra mim. Para mim o importante é a vida, a gente se abraçar, conhecer as pessoas, haver solidariedade, pensar num mundo melhor, o resto é conversa fiada"
